Nossa trajetória de lutas e expectativas pela realização desse grande sonho começou em dezembro de 2008. Foi uma alegria imensurável, pois só faltava um filho para nos sentirmos mais completos. Fiz a primeira ultrassom e o embrião não tinha sido implantado. Na segunda, que já estava no devido tempo, foi diagnosticado um aborto retido. Assim, fiz a primeira curetagem e fui envolvida por uma sensação terrível que nos faz sentir incapaz como mulher.
Ficamos por demais abatidos e tristes, mas não perdemos a fé e a esperança para outra tentativa. Depois disso, fiz diversos exames e nada de anormal foi diagnosticado. Tanto os médicos como as pessoas falavam que era normal o insucesso na primeira gravidez.
Por recomendação médica, esperamos passar os seis meses e tentamos novamente a segunda gestação. Em setembro de 2009 engravidei pela segunda vez e fiz a primeira ultrassom com 6/7 semanas e conseguimos ouvir os batimentos cardíacos. Que emoção maravilhosa, mas durou pouco nossa alegria e depois de 2 semanas quando fiz a segunda, o coração já tinha parado com 6/7 semanas. Mais outra curetagem e uma tristeza profunda em nosso ser.
Não abaixamos a cabeça e logo nos reanimamos para descobri a causa das perdas e a solução para o problema, pois já sabíamos que não era mais normal perder pela segunda vez. Por recomendação da minha ginecologista, procuramos um especialista. Também por intermédio da nossa amiga Rose, que já fazia o tratamento na Aloimune, conhecemos todo o trabalho e marcamos o tratamento.
Em novembro de 2009 começamos o tratamento e fizemos diversos exames e logo descobrimos a causa dos abortos espontâneos: crossmatch negativo e alteração nos exames referentes trombogênicos adquiridos (risco de trombose placentária). Chorei quando li o relatório do Dr. Manoel Sarno achando difícil concretizar esse sonho, mas fiquei feliz em saber que seria possível. Teria que tomar heparina antes e durante a gravidez todo dia na barriga, além de inúmeras vitaminas.
Tomei as primeiras vacinas e logo o crossmatch positivou e fui liberada para outra tentativa. Em maio de 2010 engravidamos e uma alegria acompanhada de insegurança nos envolveu. Cada ultrassom realizada era aquele friozinho no coração para saber se tudo estava indo bem. Tudo ocorreu bem até o final da gestação e em 21 de janeiro de 2011 nasceu nossa maior felicidade: Enzo.
Agradecemos, primeiramente, a Deus pela concretização desse sonho, às nossas famílias, pelo apoio incondicional de sempre, de maneira especial ao meu irmão anjo: Joel e à cunhada Patrícia, a Rose, às “Antonias” e aos inúmeros amigos pela grande torcida, à Dra. Glauce pela força, Luciana (bióloga) e Joyce da Aloimune, pela paciência e gentileza.
Com carinho: Miriã, Emerson e Enzo.