Casamos em 1997, nunca passou por nossas cabeças que teríamos dificuldades para engravidar, só pensávamos que com uns dois anos poderíamos ter filhos, mas os anos foram se passando e nada. Aí, começamos a ver que algo errado estava acontecendo. Com isso já se passavam de três a quatro anos.
Foi aí que começamos a luta. Passamos por quase todos os médicos da nossa cidade vizinha (Barreiras). Mas não deu em nada, fomos para Goiânia fazer um exame que mostraria se a trompa estava obstruída. Não estava, deu tudo normal. Voltamos ao médico que recomendou alguns remédios. Tomamos e esperamos para ver se engravidava e nada, e com isso se passou mais dois anos. Voltamos para Goiânia para fazer mais exames e fomos à clínica especializada.
O médico olhou os exames que eu já tinha feito e pediu o exame para meu marido. O espermograma não diagnosticou nada e indicou fazer inseminação, foi feito, mas não engravidou, foi um sofrimento só. Se passaram seis meses e eu engravidei naturalmente. Quando fomos fazer ultrassonografia com sete semanas, não tinha batimentos. A médica foi bem fria, disse que não bastava estar grávida para que fosse motivo de alegria pois o embrião estava morto. Este dia foi o dia mais triste de nossa vida, choramos lá mesmo no consultório como se o mundo estivesse acabado ali mesmo. Tive que fazer curetagem, começamos a tomar todos os medicamentos necessários para continuar a luta novamente. Passou-se um ano e eu estava grávida novamente. Estava indo tudo naturalmente bem até a décima segunda semana. Na ultrasonografia foi diagnosticado que o embrião estava com excesso de líquido amniótico e que não iria adiante. Não queríamos acreditar no que o médico falou! Mudamos de médico e após uma semana, quando estavámos na sala para fazer uma nova ultrassonografia, o médico já nos deu a notícia que o embrião estava morto e que seria preciso fazer outra curetagem novamente. Foi então que o médico nos falou para fazer o estudo genético do embrião, mas não foi diagnosticado nada de anormal. Foi então que o Dr. Peres Barreto nos falou do Dr. Manoel Sarno ligou para o médico e nos deu uma lista enorme de exames. Fomos no laboratório para realizar os exames mas alguns não poderiam ser feito por aqui e em um laboratório maior em Brasília ou Goiânia, foi então começamos a realizar os exames a cada resultados que recebemos não constava nada de errado. Fizemos o crossmatch. Foi aí que constatou que estava “negativo”. Foi indicada a vacina. Após duas vacinas de reforço já estava grávida e não sabia. Foi a nossa maior alegria, tinha voltado a ter esperança.
Estava indo tudo bem, graças a Deus. Todo mês íamos para Brasília para fazer a vacina, só que como eu tinha 34 anos, no início da gravidez íamos no médico fazer acompanhamento de 15 em 15 dias. Como estava tudo bem, passamos a ter acompanhado de 30 em 30 dias. Mas numa manhã de sábado, quando acordei a bolsa se rompeu. Foi o maior medo da minha vida, só estava com 30 semanas.
A partir daí começou o desespero. Não tinha vaga na UTI, também ia correr o risco de chegar em Brasília ou Salvador e não ter vaga. Por muita insistência e após contarmos nossa luta para ter filhos, acabaram me internarnando. No domingo, surgiu uma vaga na UTI e foi feita a cesariana às 17:00 hs. Por sinal, era dia das mães.
Foi um dos dias mais felizes das nossas vidas! Ana Vitória ficou seis dias na UTI tomando medicamentos para amadurecer os pulmões e mais trinta dias na semi-intensiva para ganhar peso. Ao chegar em 1.850 gramas ganhou alta.
Hoje estamos muito contentes! Ouvimos muitas críticas de pessoas conhecidas, mas nada nos desanimou e hoje temos nossa família linda e saudável e já estamos pensando no nosso próximo filho.
Baianopolis – Bahia 12 de Outubro 2009.
Nossos Agradecimentos aos Médicos que nos Ajudaram.
Dr. Peres Barreto, Dr. Manoel Sarno, Dr. Ricardo Freire Tavar, Dr. Camila Marcelle Tavar e Dr. Andreia Marins Mello.