Após inúmeras tentativas de conceber um filho, seja por meio de relações sexuais desprotegidas ou com a ajuda de técnicas de reprodução assistida, finalmente chega a tão esperada notícia: a confirmação da gravidez. Nesse momento, o coração se enche de alegria e emoção, pois o sonho de se tornar mãe está prestes a se tornar realidade. No entanto, nem todas as mulheres conseguem levar a gravidez adiante e acabam por enfrentar uma dolorosa realidade: o teste de gravidez negativo ou o aborto.
Aquelas que passam por essa difícil experiência sabem o quão devastador pode ser perder a chance de ter um filho. Infelizmente, em alguns casos, essa vivência dolorosa se repete por duas ou mais vezes, caracterizando o que os especialistas em reprodução humana chamam de falha de fertilização ou o aborto de repetição.
Nesses casos, é essencial buscar o auxílio de uma equipe médica que possa investigar as causas dos abortos recorrentes e iniciar um tratamento que aumente as chances de uma gravidez bem-sucedida. Para saber mais, acompanhe as próximas informações:
Quais são as causas do aborto de repetição?
Diversos fatores podem estar relacionados aos casos de aborto de repetição, abrangendo uma variedade de condições e circunstâncias. Veja, a seguir, os principais fatores que podem levar aos abortamentos:
- Alterações cromossômicas: anomalias cromossômicas tanto no embrião quanto nos pais podem contribuir para abortos recorrentes. Essas alterações podem ocorrer espontaneamente ou ser herdadas, e é crucial realizar avaliações genéticas para identificar possíveis fatores de risco.
- Alterações anatômicas uterinas: certas anormalidades no útero, como pólipos, miomas, septos uterinos ou aderências, podem interferir na implantação adequada do embrião e no desenvolvimento da gravidez. A detecção e correção dessas alterações aumentam as chances de uma gestação bem-sucedida.
- Uso de medicamentos: alguns remédios podem apresentar riscos durante a gravidez e estão associados a um maior risco de aborto. É importante que a mulher informe seu médico sobre qualquer medicamento em uso para avaliar se é necessário ajustar a medicação durante a tentativa de engravidar.
- Trombofilias: distúrbios de coagulação sanguínea, como trombofilias hereditárias ou adquiridas, afetam o fluxo sanguíneo uterino e aumentam o risco de aborto. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessas condições podem melhorar as chances de uma gestação bem-sucedida.
- Infecções: algumas infecções, como infecções uterinas, do trato genital ou sistêmicas, podem levar a complicações na gravidez e aumentar o risco de abortamento. Identificar e tratar essas infecções é fundamental para garantir a saúde materna e fetal.
- Fatores masculinos: alterações na qualidade espermática ou aumento na fragmentação do DNA espermático podem ser fatores de risco para o abortamento de repetição ou falhas de implantação embrionária.
- Fatores ambientais: esforços extenuantes, esporte de alto impacto, uso excessivo de café (mais de 20 xícaras por dia), tabagismo, exposição à radiação, dentre outros fatores, podem levar ao abortamento de repetição ou falhas de implantação.
- Fatores endócrinos: mulheres com hipo ou hipertireoidismo, diabetes, síndrome dos ovários policísticos, hiperprolactinemia ou aumento da resistência à insulina podem ter mais chance de apresentarem abortamento habitual ou falhas em ciclos de reprodução assistida.
- Doenças autoimunes: certas doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico ou a síndrome do anticorpo antifosfolípide, podem desencadear uma resposta imunológica que afeta negativamente a gravidez. O acompanhamento médico especializado e o tratamento adequado são cruciais para minimizar os riscos.
- Distúrbios imunológicos: Existe uma resposta imunológica específica na gravidez que chamamos de Th2, tolerante à invasão do embrião. Caso haja um descontrole desta resposta, com aumento da inflamação (Th1)pode acarretar em falha na implantação embrionária ou no desenvolvimento da gestação. O diagnóstico preciso e o manejo adequado desses distúrbios são essenciais para aumentar as chances de uma gravidez bem-sucedida.
- Fatores idiopáticos: apesar de atualmente termos inúmeros testes para diagnosticar o problema, é possível que haja casais sem nenhum fator de risco identificado. Os fatores idiopáticos são aqueles em que não conseguimos descobrir a causa. Felizmente, é raro não encontrarmos nenhum fator que justifique as perdas gestacionais.
Durante a consulta médica, além de investigar esses fatores, o momento específico da gestação em que ocorreu a perda deve ser levado em consideração. Além disso, a idade da mulher é um fator determinante, já que o risco de alterações cromossômicas aumenta com o avançar da idade. O médico que trabalha com perdas gestacionais repetidas ou falhas em ciclos de fertilização irá perguntar detalhadamente toda a história, como o período que foi o evento, se fez investigação genética do material (cariótipo ou ARRAY), procedimentos como aspiração manual intrauterina (AMIU) ou anatomia patológica com imunohistoquímica para avaliação das células NK (CD56) e endometrite (CD138).
Como é feito o diagnóstico da causa do aborto de repetição?
O diagnóstico do aborto de repetição envolve a realização de diversos exames para identificar a causa subjacente que leva a essa condição. Vários tipos de testes são conduzidos com o objetivo de investigar diferentes aspectos relacionados à saúde reprodutiva. Desse modo, é possível que o médico solicite:
- Exames hormonais:
- Exames de sangue gerais;
- Exames sorológicos;
- Exames para avaliar perfil imunológico (perfil de citocinas intracelulares, atividade de células NK e crossmatch);
- Exame de cariótipo;
- Exame de investigação de trombofilias;
- Ultrassonografia transvaginal;
- Histerossonografia e Histerossalpingografia,
- Ressonância magnética;
- Vídeo-histeroscopia.
A partir desses exames, o médico especialista em reprodução humana realizará uma avaliação abrangente dos fatores que podem contribuir para o aborto de repetição, o que auxilia na elaboração de um plano de tratamento personalizado para os casais que sonham em ter um filho.
Aloimune: clínica especializada em tratamentos para abortos recorrentes
A Aloimune, localizada em Salvador, disponibiliza diversos tratamentos para o aborto de repetição, que variam conforme as diferentes causas envolvidas, incluindo as de natureza imunológica.
No contexto das causas imunológicas, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos imunossupressores, com o objetivo de reduzir a resposta imunológica e proporcionar um ambiente favorável para a implantação e desenvolvimento embrionário. Além disso, a imunização materna com linfócitos paternos ou vacinas específicas pode ser considerada como uma opção terapêutica, dentro de protocolo de pesquisa.
Em situações de trombofilia, medidas preventivas são adotadas, como o uso de anticoagulantes durante a gravidez e a administração de aspirina em baixas doses, antes e durante o período gestacional, para reduzir a formação de coágulos e melhorar a circulação sanguínea no útero.
Ademais, a utilização da técnica de fertilização in vitro (FIV) pode ser uma opção efetiva quando associada a procedimentos complementares que ajudam a evitar o abortamento, como a seleção de embriões geneticamente saudáveis por meio do diagnóstico genético pré-implantacional (PGD) ou o uso de técnicas de criopreservação de embriões para garantir um ambiente uterino ideal antes da transferência embrionária. A indicação da FIV com PGD deve ser restrita para os casais com alterações no cariótipo em sangue periférico.
É importante destacar que o tratamento para o aborto de repetição depende das causas identificadas em cada caso específico. A Aloimune possui uma equipe médica especializada na investigação e no tratamento das perdas gestacionais repetidas e nas falhas de fertilização, com quase 20 anos de experiência na área. Nossa equipe está totalmente preparada para definir a estratégia terapêutica mais adequada para cada casal.
Se você sonha em ter um filho, mas já sofreu aborto duas ou mais vezes ou apresentou falhas em ciclos de fertilização, entre em contato com a Aloimune e agende uma consulta: (71) 99197-8344.