E quando a fertilização in vitro dá errado? O que podemos fazer?

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida amplamente utilizada por casais que sonham em ter um filho biológico, mas encontram dificuldades para engravidar naturalmente.  

Essa técnica envolve um complexo processo em que os óvulos da mulher são coletados e fertilizados com espermatozoides em um laboratório. Após a fertilização, os embriões resultantes serão cultivados e posteriormente transferidos ao útero para que a gestação se desenvolva. 

Embora seja uma técnica com altas chances de sucesso, a fertilização in vitro pode dar errado para alguns casais. De acordo com estatísticas clínicas, a probabilidade de gravidez com a FIV gira em torno de 50% e isso significa que metade dos casais que utilizam essa técnica não consegue alcançar os resultados esperados.

Neste artigo, vamos explicar as razões pelas quais a FIV pode falhar e o que pode ser feito nesses casos. Boa leitura!

 

Fertilização in vitro: o que pode ser considerado falha?

Quando a fertilização in vitro não resulta em uma gravidez bem-sucedida, considera-se que o procedimento tenha falhado. Isso ocorre quando a mulher não engravida após o procedimento ou quando acontece um aborto espontâneo durante a gestação. O termo falha de FIV é mais utilizado quando há três ou mais falhas, apesar da literatura utilizar cada vez mais como critério de inclusão nos trabalhos, duas falhas em ciclos de FIV.

Muitos casais passam por várias tentativas sem êxito nesse procedimento, o que enfatiza a importância de compreender e evitar as principais causas de falhas da FIV.

 

Os motivos mais comuns de erro na fertilização in vitro

Existem diversas razões que podem levar a uma falha na fertilização in vitro. A seguir, destacamos os motivos mais frequentes, que podem estar relacionados ao insucesso do procedimento.

 

1- Fatores maternos

  • O endométrio não apresenta receptividade ao embrião:  em alguns casos, o embrião não consegue se fixar no endométrio devido a problemas como endometriose, infecção, trombofilias ou mesmo por um deslocamento da janela de implantação (nesse último caso, o endométrio da paciente estará receptivo ao embrião em um período inabitual).
  •  Os óvulos maternos possuem baixa qualidade ou são insuficientes: se a mãe produz poucos óvulos ou se os óvulos produzidos não possuem as condições adequadas para a fecundação, as chances de falha aumentam significativamente. Vale ressaltar que à medida que o tempo avança, é natural que a reserva ovariana das mulheres diminua, assim como a qualidade dos óvulos, tornando a idade um fator crucial. Ademais, certos hábitos, como o tabagismo, podem afetar negativamente a quantidade e qualidade dos óvulos, mesmo em mulheres jovens.

 

2- Fatores tubários ou uterinos

Se houver algum problema não detectado no útero ou nas tubas uterinas da mulher, é extremamente provável que o embrião não consiga se desenvolver de forma adequada. Os problemas mais comuns associados a complicações nesses órgãos incluem doenças ginecológicas não diagnosticadas, cirurgias anteriores, presença de miomas, infecções ou inflamações não tratadas.

 

3- Fatores paternos

Baixa qualidade ou quantidade de espermatozoides:  a diminuição na quantidade ou qualidade dos espermatozoides pode resultar em abortos recorrentes ou no nascimento de bebês com anomalias cromossômicas. As principais causas para a baixa qualidade e/ou quantidade de espermatozoides incluem alterações hormonais,  varicocele, processos infecciosos e infertilidade idiopática (quando a causa não pode ser identificada). Aumento da fragmentação do DNA espermático também pode ser um fator importante na falha de FIV.

 

4- Fatores embrionários

As anomalias cromossômicas, como a alteração no número de cromossomos, são as principais alterações genéticas encontradas. Durante a divisão celular que ocorre na formação dos óvulos e espermatozoides, podem surgir variações cromossômicas que levam a abortos espontâneos ou o desenvolvimento de síndromes genéticas específicas. Estes fatores são os principais nas falhas de FIV.

 

5- Fatores imunológicos

Os fatores imunológicos também influenciam as chances de sucesso da fertilização in vitro. O sistema imunológico da mulher pode reagir de maneira adversa aos embriões transferidos, considerando-os como corpos estranhos. Isso pode levar a uma resposta inflamatória localizada, prejudicando a implantação do embrião no útero. Além disso, algumas mulheres podem apresentar anticorpos que afetam negativamente a qualidade dos óvulos, espermatozoides ou embriões, dificultando a fertilização ou o desenvolvimento saudável do embrião. 

 

É possível evitar falhas na fertilização in vitro?

 

É possível reduzir a ocorrência de falhas na FIV através de medidas cuidadosas e estratégias apropriadas. Uma abordagem fundamental para minimizar falhas é garantir a seleção adequada de embriões saudáveis e viáveis antes da transferência para o útero. Isso pode ser alcançado por meio de testes genéticos pré-implantação, como a biópsia embrionária ou a análise genética não invasiva do embrião. 

Além disso, caso a mulher ou seu parceiro possua alguma doença ou condição que esteja impedindo o sucesso da FIV, é possível realizar um tratamento individualizado para reverter o problema em questão.

Por exemplo, se a mulher tem problemas de ovulação, podem ser prescritos medicamentos para estimular a produção de óvulos saudáveis. Da mesma forma, se o parceiro apresenta baixa contagem de espermatozoides ou qualidade diminuída, técnicas como a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) podem ser utilizadas para aumentar as chances de fertilização bem-sucedida.

Além disso, é importante garantir que o ambiente uterino esteja adequado para a implantação, o que pode envolver a preparação do endométrio por meio de hormônios. 

Nos casos em que as falhas estejam relacionadas a fatores imunológicos, é possível realizar  tratamentos específicos para regular o sistema imune da paciente e aumentar a probabilidade de sucesso na gravidez.

 

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