Artigo publicado no Am J Reprod Immunol em Abril de 2012; 67 (4):páginas 296-304.
A imunoterapia para o tratamento de falhas reprodutivas melhora taxa de nascidos vivos?
Coulam CB, Acacio B.
Instituto de Medicina Reprodutiva, Evanston, Illinois, EUA. cbcoulam@aol.com
Antes que o tratamento eficaz para a falha reprodutiva possa ser instituído, a causa da falha deve ser determinada. Uma busca no PubMed foi feita para identificar os dados publicados sobre o diagnóstico e tratamento das falhas reprodutivas. Os resultados foram comparados com a freqüência de anticorpos antifosfolípides (APA) em 2995 mulheres com história de infertilidade inexplicada, falhas de implantação recorrente, perda fetal recorrente e mulheres férteis. Além disso, os resultados da gravidez entre as 442 mulheres experimentando falha reprodutiva e atividade de células NK elevada após o tratamento com imunoglobulina intravenosa (IgIV) (N = 242) ou intralipídios (N = 200) foram comparados. A prevalência da APA foi a mesma entre as mulheres com o diagnóstico de infertilidade sem causa aparente, falha de implantação recorrente e abortos recorrentes. A heparina e aspirina são bem sucedidos no tratamento de APA elevada entre as mulheres com abortos recorrentes, mas não com falha de implantação recorrente. IVIg tem sido bem sucedida no tratamento de falhas de implantação, abortos recorrentes e entre as mulheres com elevado APA e/ou atividade das células NK. Quando os resultados da gravidez de mulheres com histórico de falha reprodutiva e citotoxicidade de células NK elevada tratada com intralipídos foram comparados com as mulheres tratadas com IgIV, não foram observadas diferenças. A imunoterapia para o tratamento de falha reprodutiva aumenta a a taxa de nascidos vivos, mas apenas nas mulheres apresentando fatores imunológicos anormais.