Abortamento habitual

Revista: Best Practice & Research Clinical Obstetrics and Gynaecology (Melhor Prática e Pesquisa em Obstetrícia e Ginecologia Clínica)
Vol. 19, No. 1, pp. 85-101, 2005

Evidence-based care of recurrent miscarriage (Medicina Baseada em Evidências em Abortamento Recorrente)

Autores: T. Flint Porter* MD, MPH
James R. Scott MD
Departmento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade de Utah, Centro de Ciências da Saúde, Unidade de Medicina Materno-fetal, Salt Lake City, EUA.

Entre 0,5 e 1% do casais sofrem de Abortamento Espontâneo Recorrente (AER), que é definido como três ou mais abortos consecutivos. As perdas são classificadas em pré-embrionária (5 semanas), embrionária (entre 5 e 10 semanas) ou fetal (10 semanas).

Alterações Genéticas são responsáveis pelos AER em 2 a 4% destes casais.

Produção inadequada de progesterona tem sido proposta como causa de AER e é feita sua reposição para prevenir o aborto, apesar de existir evidência científica para suportar esta conduta.

O fator V Leiden e a mutação do gene da Protrombina G20210A são trombofilias hereditárias comuns que também estão associadas aos AER. Tromboprofilaxia pré-natal é recomendada em algumas situações, apesar de não existir nenhum dado exista dando suporte á sua eficácia.

A Síndrome Antifosfolípide é uma causa reconhecida de AER e a troboprofilaxia pré-natal reduz a chance de Aborto.

Alterações uterinas também podem resultar em AER.

Em torno de 50% dos casos de AER não tem causa definida.

Causas Aloimunes têm sido propostas como causa de AER nessas mulheres.